domingo, 31 de maio de 2009

auto-rehab.

Acabei de ler um texto aqui do dia 17 de fevereiro dizendo que eu já precisava de férias. HOJE, dia 31 de maio (faltando meia hora pro dia 1º de junho) e ouvindo música, eu estou quase enlouquecendo e percebendo que minha necessidade de férias vai além da faculdade: PRECISO de férias. Férias de mim mesmo. Um intervalo longe de casa, longe de qualquer pessoa conhecida, longe dessa cidade dos infernos, longe de tudo que me faça mal e, possivelmente, de muita coisa que eu HOJE considero que me faz bem.
Ainda que precise das minhas férias de mim, fugir, por mais que seja uma forma fácil de enfrentar algo, não é exatamente enfrentar. E é nessas horas que só me vem na cabeça aquela musica MEGA brega do tempo que minha tataravó ainda mamava no peito: 'Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima!'
(SACODE: que palavra feia, mas isso é tema pra outro post.)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

PAM!

A gente é obrigado a tomar um rumo na vida muito cedo. Escolha de curso na faculdade, criar conta bancária, tirar carteira de motorista, começar a trabalhar, se sustentar. Responsabilidade demais pra cabeças muito pouco desenvolvidas. Aí chega um momento, depois que a gente tá velho demais pra saber como teria sido, em que a gente se pergunta se tomou o rumo certo.
Hoje é aquele típico dia em que eu paro e penso: SERÁ QUE ESSA M**** DE CURSO É PRA MIM MESMO? O QUE RAIOS EU TOU FAZENDO AQUI, MESMO? POR QUE EU NÃO FIZ JORNALISMO?. E sabe do mais engraçado? Nenhuma dessas perguntas tem resposta e eu jamais vou saber se o que é pra mim mesmo é arquitetura ou jornalismo. Ou nenhum dos dois, vai que é gastronomia, moda, gestão de micronegócio?

terça-feira, 26 de maio de 2009

É assim?

Rolam aquelas definições MEGA bacanas de que 'ex bom é ex morto' e 'vão-se os anéis, ficam-se os dedos' e diversos outros desses ditos populares que, se não fossem já da boca do povo, seriam imbecis e todos saberíamos que 'ah... não é beeeeeem assim....' mas no fim acaba sendo isso mesmo. (CONFUSO, NÃO?!)

Enfim: conversas com amigos me mostram que, em dados estatísticos, estou 66,6% chorando por causa de alguém e os 33,3% restantes, estou dormindo e não respondo por mim. (¬¬°)

No mais, meio que eu me tornei mais sensível a atos gerais de determinadas pessoas, até por gostar demais delas ou por ter um laço de alguma forma, como demasiada proximidade ou distância excessiva (fez sentido?). Tornar-se apto a sofrer por causa de alguém nos torna mais humanos e prova que ainda temos coração. Sofrimento demais nos torna 'emos' e prova que somos trouxas.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

reflexão

Domingo no carro, eu estava pensando se eu sou um bom filho ou o quanto eu sou o filho que meus pais gostariam de ter. Me frustrei com a idéia de que eu não sou tão bom quanto deveria para os meus pais: minha mãe queria um filho super bem vestido (meio mauricinho, claro. Toda mãe quer isso pra um filho), meu pai, depois de 3 filhas que torcem para times mas não são fãs de futebol, teve seu único filho (homem), sendo que eu odeio futebol, não me interesso por carros, motos, aviões nem nenhuma dessas coisas que qualquer homem gosta (carro pra mim é utilitário, não demonstrativo; futebol pra mim é um saco; sou apaixonado por volei; moto pra mim é prova de que a seleção natural ainda atua e aviões eu até gosto, mas é ele no lugar dele e eu no meu). Mas ainda sim sou um bom filho.
Aí fui ao cinema e quando voltei descobri que um amigo meu da faculdade havia morrido. Se matado, pra ser mais exato. Sabendo de mais alguns detalhes da vida dele (como o fato de o pai dele morar em outra cidade por ser prefeito dela, a mãe ter abandonado ele quando ainda criança pra ir morar no Uruguai e não querer muito tê-lo e, por fim, ele morar com a avó), eu parei pra pensar se eu tenho os pais ideais pra mim. É meio complexo e chato ter que pensar algo assim de alguém que te alimenta e te aloja, agüenta suas mudanças de humor e tal, mas é que no caso dele e conhecendo ele do jeito que todo mundo conhecia (que, aliás, não era muito, mas já dava pra saber que era uma pessoa fantástica), dá pra saber que ele merecia pais melhores, uma estrutura melhor, uma vida melhor pra não ter chegado a esse ponto.
Os meus pais são ótimos pra mim. Eu reclamo, como todo filho, claro, mas fato é que eles são os melhores pais que poderiam ser. Nem todo mundo tem isso. Pena.


P.s.: que ele vá em paz e sabendo que, pra mim, ele sempre foi um bom amigo e que eu tenho as melhores lembranças dele que eu poderia ter.