terça-feira, 28 de abril de 2009

certezas

A idéia de crescer e se tornar de certa forma responsável pelo próprio destino é algo que realmente dói na cabeça de qualquer adolescente (ou, como no meu caso, pseudo-adulto recém chegado).
Eis que eu conversava outro dia com uma amiga minha, a Marina, que teve a estranha idéia de abandonar a escola e fazer supletivo. Apoiar, não digo, mas aceito a idéia, afinal, a vida não é exatamente minha e tal. Só não acho válida a idéia de passar rapidamente por fases da vida se a própria vida não está exigindo isso.
Conheço pessoas e pessoas: algumas se deram bem na vida tendo pulado fases assim, do nada. Outras, porém (e sendo maioria), são meio que frustradas com esse fato.
A única coisa que eu gostava da escola além das pessoas e das aulas de redação e literatura, isso é um fato, era a certeza que eu tinha, todo fim de ano até o segundo ano, de que no ano seguinte eu voltaria ao mesmo lugar, veria as mesmas pessoas e, no máximo, 10 novas, uns 2 professores diferentes e tal. Reprovar uma matéria significava dependência e, nas escolas em que eu estudei, significava simplesmente reprovar, tanto que EU reprovei. Na faculdade, por outro lado, tudo muda (e cá estou eu chegando no ponto em que eu queria chegar): reprovar uma matéria significa que você ainda ainda tem TODAS as outras! Não significa nada. E isso faz com que o destino da gente nessa fase da vida seja meio inconstante. Você nunca sabe como vai ser seu semestre seguinte sem chegar nele! Procurar emprego/estágio, pra maior parte do mundo e isso me inclui, é um medo a ser superado, afinal é difícil aparecer e, quando aparece, tem 1802787162 pessoas competindo com você.
E daí sempre vem o momento nostalgia daquela fase da vida dos 5 ou 6 anos, em que você tinha acabado de entrar pra escola MESMO, seus amigos E VOCÊ queriam ser bombeiros, astronautas, policiais, as vezes tinha um louco que queria ser professor ou químico ou biólogo ou astrônomo, seus professores te ensinavam a ler e a escrever, você chegava em casa e brincava até a hora de dormir, muitas vezes e em muitas cidades isso acontecia no meio da rua mesmo. Bons tempos aqueles em que eu tinha certeza da vida...

2 comentários:

Anônimo disse...

E ainda existe aqueles que após passar essa fase de descobertas se perde por completo após perceber que nem sempre o que sempre desejou é o que é o certo para essa pessoa hoje.
EM geral, o futura é sempre incerto e nem sempre, tão caloroso quanto se espera.
Amo seus contos, mas vocÊ deveria investir mais na área auto emotiva

Maria disse...

É aquela história: crescer só dói. A carga só aumenta. Ces't la vie...

As juntas precisam 'guentar o peso =')