Era noite. A rua, que comumente é tratada como ambiente, ganha seus ares de personagem. Alí, perto do cruzamento, três prostitutas - uma mulher e dois travestis - debatem futilmente sobre sexo enquanto aguardam clientes que não virão. Do outro lado da rua, um senhor - sem importância, como todos nós - passeia com seu cão. Mais a frente, um casal anda, saindo da casa noturna. Uma moça fuma sei cigarro sentada em uma soleira. Mais acima, na rua, um furto. Mais abaixo, o tráfiico.
O tempo passa. O dia nasce. Todos partem. E a única coisa que fica é a rua. Vazia. Sozinha.
Um comentário:
Ás vezes me sinto como ela. E gosto.
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