Eis que hoje eu fui almoçar em família - eu, meus pais e minha irmã. Muita conversa rolou, a gente se dá bem, no geral, apesar de que meu pai não fala comigo há quase uma semana porque acha que eu estou errado quanto a algumas coisas e eu, como não podia ser diferente, acho que ELE está errado quanto a essas coisas. Enfim, Deus sabe o que faz.
Aí, no meio do almoço, minha mãe começa a falar dos netos que ela quer ter e coisas assim. Meu pai ainda comenta algo - "Quero um menino! Mas um menino que jogue futebol comigo, que torça pro inter e que goste de brincar de carrinho, pra gente ir brincar naquelas pistas." - e me faz pensar em como eu frustrei o meu pai.
Mas muito mesmo, assim.
E me envergonho disso, em parte.
Afinal, eu sempre fui um bom filho, fato, mas sempre retruquei muito, bati de frente com coisas que eu não aceito ou não gosto. Meu pai é assim e eu peguei isso dele. Mas, mais que isso, nunca fui o filho que sonhava em ser jogador de futebol, sequer fui o filho que gostava de futebol, muito menos fui o filho que torceu pro inter a vida inteira - diga-se de passagem que, quando eu era pequeno, eu torcia pro grêmio, ainda por cima - ou que brincava com ele de carrinho, de lutinha ou qualquer dessas brincadeiras de pai e filho.
Aí, ao invés de eu, filho, ter crescido frustrado pela ausência de um pai, como muitos tem e eu lamento, cresci de boas comigo, curtindo meu intelecto, lendo livros e discutindo sobre como eu seria um astronauta quando crescesse e buscaria me instruir em física, pra poder estudar coisas sobre o universo. Mas nunca dei muita atenção pros sonhos do(s) meu(s) pai(s) com relação a mim.
Aí hoje veio tudo isso a tona.
E não bastando o fato de que já estou me sentindo mal com isso, me dói saber que não há nada a fazer para que isso possa ser mudado, ainda mais nessa altura de vida. Agora cá estou eu escrevendo e quase chorando enquanto penso em como deve doer mais nele do que em mim o fato de que eu não sou o que ele esperava que eu fosse (nem uns 20% do que ele esperava, diga-se de passagem).
FIM, porque se eu continuar, esse dia vai acabar mal.
Aí, no meio do almoço, minha mãe começa a falar dos netos que ela quer ter e coisas assim. Meu pai ainda comenta algo - "Quero um menino! Mas um menino que jogue futebol comigo, que torça pro inter e que goste de brincar de carrinho, pra gente ir brincar naquelas pistas." - e me faz pensar em como eu frustrei o meu pai.
Mas muito mesmo, assim.
E me envergonho disso, em parte.
Afinal, eu sempre fui um bom filho, fato, mas sempre retruquei muito, bati de frente com coisas que eu não aceito ou não gosto. Meu pai é assim e eu peguei isso dele. Mas, mais que isso, nunca fui o filho que sonhava em ser jogador de futebol, sequer fui o filho que gostava de futebol, muito menos fui o filho que torceu pro inter a vida inteira - diga-se de passagem que, quando eu era pequeno, eu torcia pro grêmio, ainda por cima - ou que brincava com ele de carrinho, de lutinha ou qualquer dessas brincadeiras de pai e filho.
Aí, ao invés de eu, filho, ter crescido frustrado pela ausência de um pai, como muitos tem e eu lamento, cresci de boas comigo, curtindo meu intelecto, lendo livros e discutindo sobre como eu seria um astronauta quando crescesse e buscaria me instruir em física, pra poder estudar coisas sobre o universo. Mas nunca dei muita atenção pros sonhos do(s) meu(s) pai(s) com relação a mim.
Aí hoje veio tudo isso a tona.
E não bastando o fato de que já estou me sentindo mal com isso, me dói saber que não há nada a fazer para que isso possa ser mudado, ainda mais nessa altura de vida. Agora cá estou eu escrevendo e quase chorando enquanto penso em como deve doer mais nele do que em mim o fato de que eu não sou o que ele esperava que eu fosse (nem uns 20% do que ele esperava, diga-se de passagem).
FIM, porque se eu continuar, esse dia vai acabar mal.